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Exposição de Yutaka Toyota volta a cartaz no MON

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A premiada exposição “Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço” está de volta a cartaz com a reabertura do Museu Oscar Niemeyer (MON) no último dia 9. O espaço havia sido fechado em 6 de dezembro devido à pandemia. Exposta na sala 4, a mostra apresenta 86 obras do artista, um dos pioneiros do movimento cinético internacional e da arte interativa.

Embora seja retrospectiva da carreira de Toyota, a exposição não é rigidamente cronológica e contempla trabalhos produzidos em diversos suportes pelo escultor, pintor, desenhista, gravador e cenógrafo desde os anos 1960. A mostra recebeu, em 2018, o prêmio de Melhor Retrospectiva do Ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

O artista, que completa 90 anos em 2021, continua em pleno vigor criativo. “Acredito que será surpreendente ver uma obra tão jovial de uma pessoa que já tem uma carreira tão longeva”, diz Gianni Toyota, diretor de projetos no Atelier Yutaka Toyota e filho do artista.

A curadora da exposição, Denise Mattar, explica que Toyota faz parte de uma geração de artistas que resolveu, nos anos 1960, “tirar a arte da parede e integrar o espectador”. “Quando vierem ver a exposição no MON, verão que mergulharão dentro das obras”, explica.

A exposição

A curadoria evidencia a coerência interna da obra de Toyota, sua originalidade e pioneirismo, fazendo conviver trabalhos de diversas épocas ao lado de seu trabalho atual, que continua surpreendentemente intenso. Privilegiando a produção escultórica de Toyota, enfatiza o percurso e as principais questões que permeiam a obra do artista, apontando o processo que o levou da pintura ao objeto e do plano à superfície reflexiva – instaurada como quarta dimensão.

“Sua obra convoca dualidades: positivo-negativo, visível-invisível, sólido-evanescente, volume-leveza. As múltiplas possibilidades do reflexo são a matéria-prima da qual Toyota se utiliza para ‘compreender o significado do espaço’, e nessa opção podemos apontar um expressivo parentesco da obra de Toyota com a de Anish Kapoor, não por acaso, também um oriental-ocidental”, compara a curadora.

Origens

Ao longo de mais de 60 anos, Toyota criou milhares de obras, entre desenhos, gravuras, pinturas, instalações, painéis escultóricos e esculturas de todos os tamanhos — desde pequenos múltiplos a imensos monumentos , mas sempre foi fiel às mesmas indagações que o fizeram mergulhar no universo das artes, ainda no Japão.

“Aos 15 anos recebi, em Yamagata, o primeiro prêmio de pintura no Salão de Jovens Artistas. Na ocasião, o crítico japonês Atsuo Imaizumi me disse: mantenha sempre as mesmas ideias e perguntas interiores, assim encontrará sua verdadeira arte e produzirá obras verdadeiramente suas, obras originais. E foi o que fiz”, diz Yutaka Toyota.

“O que me interessa verdadeiramente é a conexão entre o homem e o universo. A cultura ocidental responde a essa questão através da física quântica e a oriental, através da espiritualidade. Aceito os dois significados e ambos estão no meu trabalho”, destaca o artista.

Serviço:

Exposição “Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço”

De 4 de dezembro de 2020 a 17 de fevereiro de 2021

Visitação: terça-feira a domingo, das 10h às 18h

Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999)

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