Festival de Curitiba
Mostra Surda de Teatro Retorna ao Festival de Curitiba em 2025
Sob a curadoria do diretor e intérprete de Libras Jonatas Medeiros e da artista surda Rafaela Hoebel, a Mostra Surda consolida-se como um espaço de protagonismo e representatividade, destacando espetáculos produzidos e atuados por artistas surdos de diferentes regiões do Brasil.

Após o sucesso da primeira edição, a Mostra Surda de Teatro está de volta ao Festival de Curitiba em 2025, reafirmando seu papel como uma plataforma essencial para a expressão artística da comunidade surda. A segunda edição ocorrerá entre os dias 28 e 30 de março, no Teatro SESC da Esquina, com ingressos gratuitos distribuídos uma hora antes dos espetáculos, por ordem de chegada.
Sob a curadoria do diretor e intérprete de Libras Jonatas Medeiros e da artista surda Rafaela Hoebel, a Mostra Surda consolida-se como um espaço de protagonismo e representatividade, destacando espetáculos produzidos e atuados por artistas surdos de diferentes regiões do Brasil.
Jonatas Medeiros comemora a mudança para um espaço mais amplo e confortável, tanto para o público quanto para os artistas, e destaca a importância da continuidade do evento:
“A permanência da Mostra Surda de Teatro representa um compromisso tanto do festival em manter a comunidade surda próxima e atuante, quanto da própria comunidade surda, que encontra nesse espaço uma vitrine para suas produções”.
Para Fabiula Passini, diretora do Festival de Curitiba, a Mostra Surda é um elemento essencial na programação:
“Ela proporciona um espaço crucial para a expressão artística e cultural da comunidade surda, celebrando sua língua, identidade e experiências, além de incentivar a participação e o desenvolvimento de talentos artísticos.
PROGRAMAÇÃO
VOZES SILENCIADAS
28 de março às 20h
No Sesc da Esquina
Drama
Classificação: 16 anos
Fortaleza – CE
Duração: 50’
Flutuante Produção Cultural – @flutuante.produtora
Sinopse: “Vozes Silenciadas” é uma performance que dramatiza relatos reais de surdos do interior cearense, abordando temas como diagnóstico, educação, emprego, exploração financeira e discriminação. A performance busca sensibilizar o público sobre as injustiças enfrentadas pela comunidade surda e destacar a importância de amplificar suas vozes. A mensagem final é de resiliência e empoderamento, com atrizes surdas unindo-se para desafiar o silêncio imposto. A obra é um manifesto pela justiça e dignidade dos surdos.
Ficha Técnica: Lyvia de Araujo Cruz, Renata Rocha de Freitas e Gracy Kelly Amaral Barros.
A CHAPEUZINHO AZUL
30 de março às 10h
No Sesc da Esquina
Contação de História Infantil
Classificação: Livre (L)
Fortaleza – CE
Duração: 50’
Flutuante Produção Cultural – @flutuante.produtora
Sinopse: Em uma vibrante releitura do clássico conto “A Chapeuzinho Azul”, a montagem nos transporta para uma floresta repleta de personagens únicos, cada um com lições valiosas sobre a cultura surda. A protagonista, Chapeuzinho Azul, é uma jovem Coda (filha de pais surdos), que, com empatia e sabedoria, percorre um caminho de descobertas. No percurso, ela interage com figuras marcantes: sua mãe e avó surdas, o enigmático Lobo, também surdo, e o Caçador, um ouvinte que aprende com as experiências ao seu redor. Este conto moderno não apenas narra uma jornada de aventura, mas, também, celebra a inclusão e o respeito à diversidade cultural, convidando o público a refletir sobre o valor da convivência e da acessibilidade.
Ficha Técnica: Gracy Kelly Amaral e Lyvia de Araujo Cruz.
A PALHAÇA SURDA MARA
30 de março às 14h
No Sesc da Esquina
Comédia / Palhaçaria
Classificação: Livre (L)
Fortaleza – CE
Duração: 30’
Flutuante Produção Cultural – @flutuante.produtora
Sinopse: No mundo da arte, a diversidade é um convite para a inovação e a expressão. Neste espírito, a talentosa artista surda Lyvia Cruz apresenta sua mais recente performance, assumindo o papel da adorável e divertida Palhaça Mara. Suas expressões corporais faciais transmitem uma riqueza de emoções e narrativas. Mara aborda questões significativas que ressoam com o corpo feminino, tais como descobertas, identidade, gênero, formação, gestação, relacionamentos e estereótipos. O que torna esta performance ainda mais especial é a abordagem inclusiva de Lyvia Cruz. Como artista surda, ela traz uma perspectiva única para o palco, desafiando as noções convencionais de comunicação.
Ficha Técnica: Lyvia de Araujo Cruz e Gracy Kelly Amaral Barros.
A ASTRONAUTA MARA: A AVENTURA NO MUNDO DAS BOCAS E DAS MÃOS
Estreia Nacional
29 de março às 10h
No Sesc da Esquina
Infantil
Classificação: Livre (L)
Fortaleza – CE
Duração: 50’
Lyvia Cruz Libras – @lyviacruzlibras
Sinopse: “A Astronauta Mara: Aventuras no Mundo das Bocas e das Mãos” é uma apresentação bilíngue (Libras e Língua Portuguesa) que leva o público em uma jornada cósmica, promovendo inclusão e diversidade. A astronauta Surda Mara explora dois planetas: o das Mãos, onde todos falam Libras, e o das Bocas, onde as pessoas são ouvintes e querem aprender sobre a cultura Surda. Com um robô intérprete, a história se desdobra em uma aventura educativa e lúdica, celebrando a riqueza das relações interpessoais e das diversidades culturais.
Ficha Técnica: Contadora e Atriz Surda: Lyvia de Araujo Cruz; Intérprete e Atriz Ouvinte: Gracy Kelly; Intérprete de Apoio: Geisiele Cavalcante; Produtora: Juliana Tavares.
CORPO, PRETO, SURDO: NÓS ESTAMOS AQUI
30 de março às 19h
No Sesc da Esquina
Drama
Classificação: Livre (L)
Belo Horizonte – MG
Duração: 60’
Cia de Teatro BH em Libras – @bhemlibras
Sinopse: O espetáculo “Corpo, Preto, Surdo: Nós Estamos Aqui” é uma produção teatral que aborda a experiência de pessoas surdas e ouvintes negras, ao explorar questões de identidade, representatividade e resistência. Por meio de uma combinação de performance física, língua de sinais e outros recursos cênicos, o espetáculo busca ampliar a visibilidade e a compreensão das histórias e lutas das pessoas surdas e ouvintes negras. Além disso, promove um espaço de reflexão sobre a inclusão e a diversidade dentro e fora das artes. “Corpo, Preto, Surdo: Nós Estamos Aqui” é uma peça que convida o público a reconhecer e valorizar a riqueza das experiências plurais.
Ficha Técnica: Direção: Carlandreia Ribeiro; Direção de Texto em Libras: Dinalva Andrade; Texto: Carlandreia Ribeiro e Marcos Andrade; Texto: Meu Rosário – Conceição Evaristo; Elenco: Jaqueline Gonçalves e Marcos Andrade; Voz Off: Carlandreia Ribeiro; Cenografia: Jacko Nascimento; Figurino: Anderson Ferreira; Iluminação: Veec Santos; Coreografia: Marcos Andrade; Operação de Som: Mateus Souza; Apoio Cultural: Galpão Cine Horto.
ILÍADA EM LIBRAS: CANTO I
29 de março às 19h
Sesc da Esquina
Drama
Classificação: 12 anos
Curitiba – PR
Duração: 60’
Fluindo Libras e Cia Ilíada de Homero – @fluindolibras e @ciailiadahomero
Sinopse: “Ilíada em Libras – Canto I” é uma montagem teatral da Ilíada de Homero, traduzido e performatizado na Língua Brasileira de Sinais. A peça narra em Libras o último ano de combate da Guerra de Tróia, o embate de Aquiles, o maior herói entre os gregos, e o rei Agamenon. O tradutor-ator, Jonatas Medeiros, performatiza um monólogo com poesia visual sinalizada, interpretando os personagens homéricos em uma empreitada inédita que articula a língua de sinais, tradução e teatro.
Ficha Técnica: Direção: Octávio Camargo e Rafaela Hoebel; Ator: Jonatas Medeiros; Voz: Fernando Marés; Iluminação: Fernando Dourado; Fotografia: Gilson Camargo; Making Of: Giuliano Robert; Intérprete de Libras: Viviana Rocha e Felipe Patrício; Produção: Felipe Patrício; Assistente de Produção: Chris Gomes e Viviana Rocha; Realização: Fluindo Libras e Cia Ilíada de Homero.
MOVIMENTO DE ESCUTA
28 de março às 17h
29 de março às 11h e 17h
30 de março às 11h e 16h
Oficina Movimento de Escuta – 28 de março às 9h
Sesc da Esquina
Dança
Classificação: Livre (L)
Rio de Janeiro – RJ
Duração: 50’
Projeto SOM – @projetosom_
Sinopse: “Movimento de Escuta” é um espetáculo de dança sobre cultura surda da Cia de Dança SOM, composta por cinco bailarinos surdos. O espetáculo tem direção de Clara Kutner, que também é fundadora da Cia carioca e do Projeto SOM. “Movimento de Escuta” fala sobre comunicação. Hoje, neste país fragmentado pós-pandemia, como afinar nossos sentidos e nossa comunicação? Uma metáfora de um campo de batalha onde os bailarinos “lutam” com seus corpos em um jogo que mescla dança e SLAM. A poesia visual surda é de extrema importância para nosso grupo, e serve como instrumento coreográfico também.
Ficha Técnica: Criação e Direção Geral: Clara Kutner; Intérpretes Criadores: Alef Felipe, Lucas Guilherme, Luiz Augusto, Thayssa Araújo e Valesca Soares; Coreografias, Técnica do Funk e Colaboração Musical: Celly IDD; Dramaturgia e Colaboração Coreográfica: Cia de Dança SOM; Direção Musical: Luciano Camara; Desenho de Luz: Tiago Rios; Direção de Arte: Clara Kutner e Cora Marinho; Figurino e Beleza: Cora Marinho; Artista Visual (Quadro de Cena): Alef Felipe; Assistência Figurino e Beleza: Matheus Augusto e Nomad Cruz; Programação Visual: Alef Felipe, Arantes Gabriel, Nara Morais e Vini Guerra; Fotos: Paula Kossatz; Colaboradores Artísticos: Bruno Ramos, Gabriel Soares e Ruan Aguiar; Direção de Produção: Aline Carrocino (Alce Produções); Prestação de Contas: Simone Vieira; Realização: Doralice Produções, A Arte Nunca Dorme Produções e Cia de Dança SOM.
Serviço:
Mostra Surda de Teatro – 33º Festival de Curitiba
Dias: de 28 a 30 a março
Local: Teatro SESC da Esquina
Ingressos gratuitos devem ser retirados uma hora antes dos espetáculos
A Mostra Surda de Teatro é uma idealização e produção da Fluindo Libras com a Sala 603.