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Empreendedorismo

O fim do bolsa família, e o que isso reflete na economia

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Por Karoline Almeida

No dia 29 de outubro de 2021 o governo federal decretou oficialmente o fim do bolsa família, programa social que existiu por 18 anos, que sempre teve o objetivo de distribuição de renda para quem vive na extrema pobreza, e que também tinha o objetivo de estimular a economia dando poder de consumo a classe baixa, graças à projetos econômicos baseado na economia de Keynes onde o estado é responsável por combater a desigualdade social, o Brasil saiu do mapa da fome do mundo.

Atualmente as políticas econômicas são embasadas na economia neoclássicas e por conta disso o bolsa família foi extinto para dar entrada ao Auxílio Brasil, que não possui garantia de duração para depois do fim de 2022.

Após Paulo Guedes furar o teto de gastos e anunciar que furaria o teto de gastos, para poder garantir o pagamento de R$400,00 do auxílio brasil. Mas então porque vai ter reflexo na economia, já que o bolsa família foi substituto por outro programa?

Bom, primeiro porque acabaram com o bolsa família sem iniciar o auxilio brasil na pratica ainda, a previsão era pra novembro, mas já foi adiada para dezembro, tendo em vista que com a volta da inflação e desemprego crescente 17 milhões de pessoas voltaram para extrema pobreza, extrema pobreza é quando uma pessoa sobrevive com menos de R$5,00 por dia, então cortar a pouca renda que essas pessoas tem e não dar uma data realmente de quando essa renda vai voltar, vai empurrar mais ainda essa parte da população para a miséria.

Outro motivo é que o valor subiu para R$400,00, contudo esse valor não garante a inflação do período, então quando começarem a ser pagos de fato esse auxílio, não vai conseguir cumprir o que promete que é de transferir renda para que a pessoa consiga pagar cursos e ser inserida no mercado de trabalho.

E outro ponto grave que irá refletir na vida de todos, foi furar o teto de gastos para aprovar o auxílio brasil, isso eleva o risco fiscal, eleva os juros do país e desestimula mais ainda a economia. Dar uma “pedalada fiscal” disfarçada de não ser, no meio de uma crise econômica e da maior inflação dentro do período do real é um risco para entrarmos na hiperinflação novamente.

É necessário sim programas de combate a desigualdade social, contudo havia diversas outras maneiras de ter orçamento para o programa, sem precisar furar o teto de gastos, e sem precisar extinguir um programa que já funcionava bem, substituindo para um programa sem data de início e com duração para acabar de um ano, o reflexo disso para o aumento da desigualdade social vai ser imenso, desestimulando ainda mais a economia do comercio local e micro empresas. Um efeito cascata de perda de poder de consumo.

Karoline Almeida

Insta @almeida.consultoria

(41)99663-4977

Karoline Almeida atua como consultora financeira, formada em gestão financeira e especialização em investimentos e Lean Six Sigma. Da terceira geração de comerciantes uniu a prática com a teoria para fazer uma metodologia descomplicada para falar de economia e finanças para as pessoas.

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