Música
Na Caixa Cultural, Lui Coimbra mostra toda sua versatilidade além do Cello
O violoncelo sempre foi instrumento relacionado a música clássica. Vários aspectos contribuíram para isso: seu tamanho, o fato de ser instrumento de arco, de ter ensino consolidado por escolas de música clássica, repertório imenso dentro deste gênero musical. Curiosamente, o Brasil é um dos países em que o violoncelo mais encontra-se presente no universo popular, com músicos como Jacques Morelenbaum, Márcio Mallard e Peter Daulsberg. O carioca Lui Coimbra talvez seja o mais ousado entre os violoncelistas que transpuseram a fronteira do popular, ao tocar o instrumento eletrificado no seu quinteto Aquarela Carioca, ou a tocá-lo acústico um repertório da música regional ao pop. Lui Coimbra é a atração do Solo Música na Caixa Cultural Curitiba, em11 de dezembro, às 20 horas.
Lui preparou um show abrangente não só no repertório, mas como instrumentista. Além do cello, ele cantará e tocará charango, rabeca e violão. “Lui é um artista que há anos estava planejado para o Solo, pela sua importância e talento”, diz Alvaro Collaço, produtor e curador da Série Solo Música. Para o recital, Lui traz suas influências e as interpretações mais solicitadas pelo público, como “Último romântico”, de Lulu Santos, “Norwegian Wood”, de Lennon & McCartney, “Babylon”, de Zeca Baleiro, além de “Ouro e sol”, a sua versão de “Fieldsofgold”, de Sting. “É show de músico com amplos recursos e que traz tocando diversos instrumentos de corda, caminha por diversas vertentes”, explica Collaço. Há mesmo um cuidadoso garimpo em um cadinho de baticuns, canções, cirandas e poemas.
Contribuição a MPB
Lui Coimbra é integrante do Aquarela Carioca (a formação do quinteto atualmente conta com Lui Coimbra, Marcos Suzano, Mario Sève, Paulo Brandão e Paulo Muylaert), com o qual gravou cinco CDs. E atuou ao lado de Ney Matogrosso, Alceu Valença, Ana Carolina, Zeca Baleiro, Oswaldo Montenegro, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Zizi Possi e Elba Ramalho, entre outros. Por dez anos atuou em duo com o percussionista Naná Vasconcelos e participou dos musicais “Beatles num céu de Diamantes” e “Milton Nascimento – Nada Será como Antes”.
No currículo são oito CDs autorais (um solo, cinco com o Aquarela Carioca, lançados também na Europa e no Japão e outros três entre os grupos Religare, Orquestra Popular de Câmera e o trio com Ceumar e Paulo Freire, além de participações em mais de 200 discos, trilhas originais para cinema, TV, teatro e ballet. Em 2018, ele conclui seu segundo e aguardado disco “Tá caindo flor” e tem realizado turnê de sucesso com seu “Viola Perfumosa”, o trabalho em trio com a cantora Ceumar e o violeiro Paulo Freire, repertório inteiro em homenagem a Inezita Barroso.
Incentivo à cultura
A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências.
A CAIXA Cultural Curitiba oferece, desde 2004, uma programação diversificada, com opções gratuitas ou a preços populares, estimulando a inclusão e a cidadania. O espaço, situado no centro da capital, conta com duas galerias, um teatro, uma sala de oficinas e tem 70 atrações previstos na programação de 2018.
Serviço:
Música: Série Solo Música – Lui Coimbra
Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro
Data: 11 de dezembro
Horário: terça-feira às 20h
Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia – conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura.
Bilheteria: (41) 2118-5111 (De terça a sábado das 12h às 20h. Domingo das 16h às 19h)
Duração: 90 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 10 anos
Capacidade: 125 lugares (2 para cadeirantes)
Crédito foto: Lui Coimbra por Samuel Vieira. Solo Música. Caixa Cultural Brasilia