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Turismo

Machu Picchu, a realização de um sonho

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Por Roberta Freire

Esta semana recebi o pedido de uma leitora, para contar uma experiência “mochileira” e também alguns pedidos de dicas de como chegar de forma barata ao Machu Picchu. Juntando as duas respostas, escolhi contar minha “saga” mochileira por esse local.

Senta que lá vem história rsrsrs.

Como sou agente de viagem, na época que decidimos conhecer o Machu Picchu conseguimos um voucher na cia aérea TACA que nos dava o direito de embarcar sem custo e sem reserva, nos lugares que sobrassem no avião. Ah que saudades dessa época. Hoje nem sei se ainda existe essa possibilidade.

Como a semana que escolhemos foi a do carnaval, resolvemos fazer reserva em um hotel em São Paulo para o caso de não conseguirmos embarcar e acabamos usando essa primeira noite.

No dia seguinte conseguimos dois lugares no voo, vivaaa. Já sabíamos que a chegada estava garantida mas e a volta? Essa fica para outro dia. Teve até tsunami na história.

Mas vamos ao tema de hoje: chegamos em Lima e logo depois embarcamos para Cuzco. Apaixonante cidade.

Chegando em Cuzco, depois de quase morrer de medo do pouso, pois as asas do avião passam muito rente as montanhas (aconselho pesquisar pouso em Cuzco para ver como é). O transfer nos aguardava num carro super novo, limpo, confortável e um condutor que eles chamam de Herman, muito gentil, amável, culto e educado que nos esperava para levar até o hotel. E não, pessoal, não era um hotel de luxo. Ficamos no hotel Torre Dorada, sem televisão no quarto ( e te pergunto para que precisaríamos), sem luxo, mas muito, muito confortável. O serviço de transfer estava incluído na tarifa do hotel.

Chegamos no hotel e fomos recebidos pela Mariela e o gerente da pousada, também extremamente amáveis.

Nos convidaram para sentar na sala junto a recepção para nos explicarem todos os procedimentos, desde o que estava incluso na tarifa  até como proceder em caso de passar mal pela altitude.

Nos contaram que tem oxigênio gratuito e que cobravam somente  pela máscara, pois esta é descartável.

Mariela então assume a conversa, nos explicando em um mapa que nos deu, onde ficavam as principais atrações turísticas, onde comer, onde comprar, mercado, câmbio e o que mais precisaríamos saber. Foi de muita utilidade toda a informação que nos deu.

Na tarifa do hotel, além do oxigênio, transfer e café da manhã, estavam inclusas as idas e vindas dos atrativos turísticos. Sempre que queríamos sair o Hermam, nos levava aos lugares e quando queríamos voltar telefonávamos para o hotel que em 10 minutos estavam nos buscando. Isso quantas vezes precisássemos.

Nos aconselharam descansar no primeiro dia para nos ambientarmos. Não tínhamos muito tempo, então não tivemos opção de escolha, fomos conhecer a cidade, trocar dinheiro (dólares por soles) e comprar o ingresso do trem que nos levaria até Aguas Calientes (rumo ao Machu Picchu).

Lembramos que Mariela havia nos aconselhado a sair mais cedo de trem, no Vistadome que sairia de Ollantaytambo as 6h55 para aproveitarmos melhor o dia.

Detalhe: não tinha trem até Ollanta por conta da chuva e eles não incluíam serviço de ônibus neste horário. Teríamos que ir de van contratada na hora, num determinado local que o Herman nos deixaria.

Comprados os tickets de trem e fomos às Ruínas de SAQSAYWAMAN que há anos queria conhecer.

O condutor era também guia turístico e nos acompanhou no passeio. Foi muito bacana.

O passeio a Saqsaywaman não estava incluso e pagamos 30 soles para ele e 70 soles para entrar no parque.

Estávamos ansiosos pelo dia seguinte, pois finalmente iríamos conhecer o Machu Picchu.

Saímos 3h45min do hotel, sim este horário, pela manhã. A moça do hotel nos disse que seria mais interessante se fossemos de van, que ela chamou de kombi, até Ollantaytambo.. Não compramos o bus (é assim mesmo que eles falam: bús) até Ollanta pois pegaríamos a tal van por 15 Soles.

Conclusão: estresse total,  pense comigo, se compro tudo com a Perurail estaria com ônibus e trem, mas comprando separado, quando chegamos ao local de saída de vans não tinha nenhuma disponível e tínhamos o tempo certo para chegar a Ollanta pois poderíamos perder o trem e, consequentemente, os 240 dólares que gastamos.

Pedimos para o hotel chamar um taxi por 80 soles que nos levou embaixo de uma super chuva e por uma estrada extremamente sinuosa até a tal Ollanta.

Nosso trem foi o vistadome, com lanche, bancos de couro e aquela música típica com flautinha tocando. Ao chegarmos fomos procurar um câmbio, trocar dólar por soles e comprar o ingresso para o Machu Picchu…quase 50 dólares, achei caríssimo uma vez que em Veneza, por exemplo, o Palácio dos Dodges custa 18 euros porém, guarda coisas de valores que podem se roubadas, tem custo com funcionários, luz, telefone, agua, segurança, etc. Chegando lá não nos arrependemos do valor pago, pois o lugar é realmente, maravilhoso!

Andamos muito, fizemos um pic-nic com o lanche que o hotel nos preparou e fomos a cada cantinho conhecer. Cansados voltamos à Aguas Calientes.

O ônibus que sai de Aguas Calientes para Machupichu custa 15 dólares e paga na hora. O ingresso pode comprar na hora ou pela internet e estudante com carteirinha internacional paga meia.

Embarcamos no trem da volta, o Expedition, com serviço de snacks e o conforto necessário para dormirmos quase a viagem toda.

Se valeu a pena todo trabalho de fazer quase uma expedição? Sempre digo que qualquer experiência em viagem vale a pena mas eu aconselharia você comprar tudo aqui, por uma agência, antes de sair. A tranquilidade não tem preço!

Até semana que vem!

E lembre-se: quem escolhe o tema da coluna é você, estou esperando seu contato.

Roberta Freire

Há mais de 20 anos atuando na área de turismo.
Especialista em viagens com experiências
Apresentadora do Programa Viaje com Roberta Freire na Elemental Channel ( em mais de 180 países pelas tv´s Sansung e LG) e , no Brasil, na COMBRASIL em todas as operadoras de tv ).
Empresária do ramo de Turismo ( Planeta Vistos, Turismo Fácil, In Viaggio e Viaje com Roberta Freire), CEO da 4HEROES.
Viajante, mãe, esposa e apaixonada por conhecer diferentes culturas e experimentar a vivência local.

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