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Opinião

The Crown: 5 temporada alcança níveis dramáticos estratosféricos

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Por Igor Horbach

A quinta temporada de The Crown estreou na Netflix no dia 09 de novembro e era uma das mais esperadas pelos fãs por dois motivos específicos. O primeiro, a temporada retrata o período de maior tensão da monarquia britânica com os rebuliços envolvendo a eterna Lady Di e o casamento conturbado com o atual Rei Charles III. E por segundo, essa é a primeira temporada da série após a morte da protagonista da vida real, Rainha Elizabeth II que nos deixou em 08 de setembro de 2022, após 70 anos de reinado. 

A temporada também é marcada pela virada de tempo principal que ocorre a cada 2 novas temporadas da série, quando é necessário realizar a troca de elenco para que a linha do tempo possa ser acompanhada. Já tivemos grandes nomes interpretando a Rainha sendo Claire Foy e Olivia Colman, no entanto, na nova fase da trama, a incrível Imelda Staunton – famosa por interpretar a personagem Dolores Umbridge em Harry Potter e a Ordem da Fenix – se apossa da vida da majestade mais famosa do Reino Unido até hoje. 

A medida que os episódios são desenvolvidos, vemos que a trama não esta focada na Rainha e no Rei Consorte, Phillipe, mas em Lady Di e o, até então, Príncipe Charles (Atual Rei Charles III). O sofrimento da Princesa do Povo (como ficou conhecia Lady Di) é colocado diante dos fãs de maneira dramática no sentido mais incrível do termo, para que percebemos onde tudo desmorona. 

A história de vida da Princesa de Gales começa a ser retratada ainda na quarta temporada e já vemos que sua vida é de extremo sofrimento familiar e pessoal, o que só piora quando se casa com o futuro rei da Inglaterra. Sendo maltratada por Vossa Majestade, Príncipe de Gales, Lady Di tenta a todo custo fazer o casamento dar certo e se aproximar do marido, porém, Charles não tem o minimo de interesse, por estar perdidamente apaixonada por uma tal de Camila Parker, casada, com filhos e claro, plebeia. Um prato cheio para que a Coroa possa entrar em colapso, até porque a Igreja Anglicana, cujo o Trono Britânico é o Chefe, não permite divorcio e segundos casamentos enquanto o primeiro cônjuge ainda está vivo. 

Além do foco no casal principal, a quinta temporada também se preocupa em mostrar como o próximo na linha de sucessão do trono britânico, Príncipe William, filho de Charles com Diana, esta conseguindo lidar com todo o mundo atrás de seus pais e a conturbada relação entre eles. 

A performance do elenco que acaba de se interar dos personagens que o público já conhece e ama é perfeita e consegue seguir na mesma intensidade e profundidade que os demais atores e atrizes que o fizeram até o momento. A direção continua impecável com alguns toques novos e extraordinários nos movimentos de câmera e de sonoplastia para que possamos nos sentir cada vez mais próximos e “dentro” dos castelos e palácios majestosos da Casa de Windsor (nome oficial da família real).

A série estreou em 2014 e logo de cara já se tornou uma das séries mais assistidas do streaming e, inclusive, uma das mais caras. A produção entrou no Top 10 Séries Mais Caras do Mundo no mesmo ano com cada episódio custando aproximadamente US$13 milhões (algo em torno de R$69,52 milhões), ficando atrás apenas da aclamada série norte-americana Game Of Thrones. 

Além disso, o público da série é tão gigante e vem aumentando significativamente, principalmente após a morte da adorada Rainha Elizabeth II em setembro. Na semana do falecimento da soberana, a Netflix divulgou um relatório que a audiência teve um pico de 800% a mais que uma semana antes do anúncio da morte. 

Até a quarta temporada, a produção já coleciona mais de 30 prêmios na prateleira, sendo 7 Emmy (principal premiação de séries do mundo) só em 2021 e com certeza esse número só tende a aumentar. 

O que podemos esperar da sexta temporada é mais drama e sofrimento dos membros da família real britânica que acaba vendo o seu poder monárquico esfarelando nos dedos do povo e das nações do Commonwealth a cada novo escândalo.

A sexta temporada já foi confirmada pela Netflix, embora ainda sem data prevista para a estreia. Além disso, a gigante do streaming já garantiu que essa será a última da série. Segundo Peter Morgan, criador, The Crown tinha previsão para apenas 5 temporadas, mas que teve sinal verde para mais uma quando muitos acontecimentos importantes ainda haviam ficado de fora da trama. 

Uma curiosidade da série é que fontes do Palácio de Buckingham, como o próprio Príncipe Phillipe, esposo da Rainha Elizabeth II, afirmou que a monarca era fã de carteirinha da série e assistia um episódio a cada domingo. Quantos aos outros membros da família real, o que se sabe é que o atual Rei Charles III assistiu apenas as primeiras temporadas, o que leva muitos a pensar que quando a série revelou “seus podres” ele não aguentou continuar acompanhando. E quanto a quinta temporada? O que ela pode causar na Casa de Windsor? Em breve traremos uma análise completa de como a série pode impactar no futuro da família real Britânica.

É autor, ator, dramaturgo e produtor brasileiro. Nascido em Tangará da Serra – MT, publicou seu primeiro livro aos 14 anos e o segundo aos 16. Em 2017 se mudou para Curitiba onde iniciou sua carreira de ator, produtor e dramaturgo. Em 2019, produziu e dirigiu a serie Dislike. Em 2020 publicou seu drama de estreia, Cartas para Jack. Em 2021 lançou a série de contos intitulada Projeto Insônia.

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