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Teatro

Trava Bruta – A Arte do Sentir

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TRAVA BRUTA por Alessandra Haro

A desmontagem de Leonarda Glück

Por Vanessa R Ricardo

Sem dúvidas uma das grandes surpresas da 30ª edição do Festival de Teatro de Curitiba, foi a apresentação do espetáculo Trava Bruta, na Mostra Interlocuções, da atriz, dramaturga e diretora curitibana, radicada em São Paulo Leonarda Glück. O texto premiado no edital de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos 2019, do Centro Cultural São Paulo, teve a sua estreia em dezembro de 2021, ano em que Leonarda, completou 25 anos de carreira. E pela primeira vez teve sua montagem em Curitiba. 

O solo com direção de Gustavo Bitencourt,  traz de forma visceral a experiência transexual de Glück, na conjuntura atual brasileira. Com aparato tecnológico, que nos lembra uma webpeça, a atriz vai se desmontando de forma poética, e  no primeiro ato não é a atriz, mas sim Leonarda, que utiliza da poesia bruta, para falar de suas questões, que na verdade são nossas também. “É preciso ter o coração aberto para entender o que vou falar aqui. É preciso tentar estar atrás dos olhos dos outros. É preciso tentar entender o outro. E amá-lo.”

Trava Bruta, consegue aflorar no público diferentes emoções, usa a brutalidade da palavra, para revelar as mais profundas dores de quem muitas vezes se sente e caminha sozinha no trajeto perigoso da vida. Trava Bruta é manifesto  é a arte de sentir. 

TRAVA BRUTA por Alessandra Haro

Vanessa Ricetti Ricardo, jornalista e assessora de imprensa, pós graduada em cinema, desde o início de sua carreira se dedica ao jornalismo cultural. Trabalha como repórter em rádio. Criou em 2013 o Jornal A Cena, onde divulga a arte e a cultura realizada no país.

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