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Cinema

Oppenheimer o extraordinário filme de Christopher Nolan

Publicado

em

Vanessa R Ricardo

Com estreia nos cinemas dia 20 de julho, o longa Oppenheimer do diretor Christopher Nolan, que também assina o roteiro, é baseado no livro ganhador do Pulitzer, American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e Martin J. Shewrin, biografia do físico americano, líder do Projeto Manhattan criador da bomba atômica.

O longa traz um elenco de peso, Cillian Murphy, Robert Downey (Nosso eterno Homem de Ferro), Emily Blunt, Florence Pugh e Matt Damon. E apesar de ser um filme longo, com três horas de duração, o filme de Nolan é extraordinário. Principalmente por ser uma história que não vemos com tanta facilidade nos filmes norte-americanos. Digo isso, pois nos filmes de guerra, principalmente aqueles que se referem a Segunda Grande Guerra, mostram os americanos como os grandes vencedores do conflito mundial. Mas na história real, sabemos que se não fosse a comunista União Soviética, os nazistas talvez teriam ganho o conflito.

O novo filme de Nolan, foi todo filmado por câmeras Imax 65 mm, que traz ao público uma proximidade aos personagens, como se estivéssemos ali, ao lado, acompanhando o desenrolar de toda a história. Então ver nas telas grandes, como Imax, pode fazer a diferença.

O filme traz diversas camadas e o diretor, escolhe duas linhas do tempo para contar essa história, o passado de Oppenheimer, mostrando como ele se tornou um físico brilhante, até ser chamado para desenvolver a primeira bomba atômica. E o presente, onde Oppenheimer passa por um certo “julgamento” para que continue com suas credenciais de segurança. Devo destacar aqui atuação de Cillian Murphy, foi brilhante, sem dúvida um dos melhores papéis de sua carreira.

Oppenheimer é um filme grandioso, e muito profundo, trazendo de forma sutil e marcante a relação do físico com a sua criação. Claro que ele tinha noção de toda a proporção de destruição da bomba atômica, e a questão ética também é mostrada, pois foram mais de 110 mil pessoas mortas nos ataques de Hiroshima e Nagazaki, mesmo a guerra já ter tido o seu fim. Mas o filme deixa claro, que a corrida para produzir uma bomba atômica, não tinha nada a ver com guerra ou com a Alemanha nazista, mas sim, mostrar para Rússia comunista, o poder que os Estados Unidos tinham em mãos, é como se a guerra fria entre os dois países já tivesse começado muito antes.

 

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