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Festival de Curitiba

Brenda Lee e o Palácio das Princesas um dos grandes sucessos da 31ª edição do Festival de Curitiba

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em

Por Vanessa R Ricardo

Brenda Lee e o Palácio das Princesas, é um convite a escuta, ao resgate de uma importante parte da história brasileira. Traz para palco, na personagem principal a atriz Verónica Valentinno, que dias atrás recebeu o Prêmio Shell de melhor atriz, uma premiação histórica, já que pela primeira vez nos mais de 30 anos de Shell, uma atriz trans recebeu a estatueta.

O musical traz para o palco a história de Brenda Lee, mulher trans nordestina, conhecida como anjo da guarda das travestis, que entre os anos 80 e 90 recebia em sua casa em São Paulo, mulheres trans. Brenda era ativista pela causa trans, e fundou a primeira casa de apoio para pessoas com HIV/Aids no Brasil.

O elenco demonstra uma sintonia perfeita, que nos fazem mergulhar profundamente nos dramas individuais de cada personagem. Embora todas as atrizes sejam potência, é impossível não ser arrebatada pela atuação de Verónica Valentinno, o que sem dúvida tornou Brenda Lee, uma personagem inesquecível.

A dramaturgia e as canções assinadas por Fernanda Maia, são tão bem construídas e amarradas de forma cirúrgica, deixando a história ainda mais potente, impossível não se emocionar.

Brenda Lee e o Palácio das Princesas, faz história no teatro brasileiro, não só por trazer seis atrizes trans ( Verónica Valentinno, Olivia Lopes, Marina Mathey, Tyller Antunes, Ambrosia e Leona Jhovs) para o palco, mas por ter uma das maiores sintonias já vistas no atual teatro brasileiro.

Antes mesmo do festival começar, os ingressos já estavam esgotados, tanto que a produção abriu uma sessão extra. As três apresentações no Teatro Zé Maria, lotaram. E se tivessem mais sessões, sem dúvida esgotariam.  Pela potência e importância histórica, Brenda Lee e O Palácio das Princesas, mereciam um teatro maior, um palco maior.  Brenda Lee e o Palácio das Princesas é gigante é potente. E se você não viu, perdeu de assistir um dos melhores espetáculo da 31ª edição do Festival de Curitiba.

“Você não duraria nem ao menos 10 minutos

se tivesse na minha pele

pelas ruas da cidade”

Uma das canções do musical.

Ficha Técnica – Brenda Lee e o Palácio das Princesas é um musical original de Fernanda Maia e Rafa Miranda, baseado no legado de Brenda Lee, militante transexual e pernambucana pelos direitos LGBTQIA+ e travestis, na luta contra  a epidemia de AIDS nos anos 80/90. O musical foi lançado em 2021 em formato online, obtendo grande sucesso. Em 2022, estreou presencialmente no Teatro do Núcleo Experimental, em São Paulo. O sucesso foi ainda maior. Pela primeira vez no teatro musical brasileiro, seis atrizes travestis contam a história de Brenda Lee e das moradoras da sua casa de apoio.

Direção: Zé Henrique de Paula. Atrizes: Verónica Valenttino, Marina Mathey, Leona Jhovs, Ambrosia, Olivia Lopes e Tyller Antunes, além da participação do ator Fabio Redkowicz.

Crédito foto: Laerte Kessimos

 

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