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Baile Espacial transforma Curitiba em palco afrofuturista e enfrenta ataques racistas
Evento gratuito no Basement Cultural, em 24 de agosto, celebra funk, rap e cultura afro-brasileira periférica com line-up nacional e reafirma a resistência contra a criminalização do hip hop e do funk.

No dia 24 de agosto, a partir das 17h, o Basement Cultural abre as portas para o “Baile Espacial: Uma Noite Afrofuturista”, um evento gratuito que celebra o funk, o rap e a cultura afro-brasileira periférica, reunindo nomes potentes da cena nacional em uma programação diversa.
Com o tema Afrofuturismo, a festa vai muito além da música: cenografia, maquiagem, figurinos, performances e sonoridades dialogam com elementos futuristas e referências ancestrais.
Entre as atrações, destaque para o multiartista Arkthur, que estreia seu álbum “Tecnologia da Alma”. O show terá participações especiais de artistas negros do Paraná, Pará e São Paulo, com representatividade trans, PCD e nortista, trazendo múltiplas visões sobre o que é ser negro no Brasil.
O álbum, com 10 faixas autorais, mergulha na cultura periférica negra e nas lutas por espaço, identidade e reconhecimento, abordando a ausência de reparação histórica, a urgência de ações reparadoras, a miscigenação e o embranquecimento. Produzido por Gabriel Muller, o trabalho já está disponível nas principais plataformas.
O projeto foi idealizado por Arkthur e Celine Liris, artista multilinguagem que une mitologia iorubá, tarot e afrofuturismo. Figurinos, cenários e performances criam personagens “favelados/cibernéticos”, parte humanos, parte alienígenas, parte ciborgues viajantes entre dimensões em busca de cura e integração com o todo.
O line-up reúne artistas de várias regiões do Brasil, com Pretha Almeida como mestre de cerimônias. Entre as atrações: DJ Quixote (SP), Sumano (PA), Ruth Clark (PA), DJ Júlia Mayra (PA/PR), Alahri’n (PR), o show “Tecnologia da Alma”com Arkthur e convidados, DJ Vane MRQS e performance de Majo Farias.
Desde o início da divulgação na imprensa, o Baile Espacial vem sendo alvo de ataques racistas que tentam criminalizar o hip hop e o funk gêneros fundamentais para a expressão e resistência cultural das periferias negras no Brasil. A organização reforça que o evento é um espaço de celebração, arte e luta contra o racismo, reafirmando o direito à ocupação cultural e à livre manifestação artística.
O projeto é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Programação – 24 de agosto (domingo)
17h – Abertura da Casa
17h30 – DJ Quixote
18h45 – Sumano
19h05 – DJ Quixote
19h30 – Ruth Clark MC
19h50 – DJ Quixote
20h15 – Alahri’n
20h35 – DJ Quixote
21h15 – Arkthur – Tecnologia da Alma
22h05 – DJ Vane MRQS + Majo Farias
00h30 – Encerramento
Local: Basement Cultural – Rua Des. Benvindo Valente, 260 – São Francisco, Curitiba
Entrada gratuita
Classificação: 12 anos (maiores de 18; maiores de 16 com autorização legal; menores de 16 acompanhados de responsável)
Acessibilidade: Interpretação em Libras e equipe de mediação
Alimentação: salgados assados, fritos e cachorro-quente (opções vegetarianas e veganas)