Cinema
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
Por Vanessa Ricetti Ricardo
Após o fracasso da DC do filme “O Esquadrão Suicida”, parece que dessa vez eles acertaram a mão. É sem dúvida um dos filmes mais esperados de 2020, e com certeza não deixou a desejar. A imprensa especializada e as críticas sobre o filme nos Estados Unidos, já nos davam uma pequena ideia do que viria. O filme surpreendeu.
A montagem não linear no início dá conta da confusão e da loucura da cabeça de Arlequina (Margot Robbie). Não pude deixar de notar que Margot, esta nesse filme esta muito mais confortável com sua personagem, abusa da ironia e da confusão mental de Arlequina.
Uma das maiores surpresas são as cenas de interação de Arlequina com a menina Cassandra Cain (Ella Jay Basco), nos dá uma ideia como seria Arlequina como mãe.
Dirigido por Cathy Yan, Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa, deixa os personagens masculinos com menor peso, à hora de brilhar e das mulheres. O vilão Máscara Negra, interpretado por Ewan McGregor, faz com que Canário Negro ( Jurnee Smollett-Bell), Rennee Montoya (Rosie Perez) , A Caçadora (Mary Elizabeth Winstead), Cassandra Cain (Ella Jay Basco) e Arlequina se unam formando as Aves de Rapina.
O filme é um passeio pela mente doentia de Harley Quinn, e trata também sobre o empoderamento feminino. Desde o início do longa, mostra como Gotham City e seus homens utilizam as relações de poder para reprimir as mulheres. O embate final dá um tom irônico. Cinco mulheres se reúnem para lutar com capangas mascarados de animais. São mulheres tentando resistir a uma sociedade predatória.
As cenas de lutas bem coreografadas mostram ainda mais a força das mulheres poderosas do longa. A trilha sonora também é praticamente feita por vozes femininas.
O filme estreou nos cinemas de todo o Brasil dia seis de fevereiro.
Crédito foto: Divulgação