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Teatro

Quinquilharias entra em cartaz no Espaço Excêntrico

Nada em Quinquilharias é linear. As situações se acumulam como pequenos objetos guardados na memória — frágeis, inúteis e valiosos —, de onde emergem o riso, o desespero e a beleza que resiste à ruína.

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Foto: Liris Fotografia

A tragicomédia Quinquilharias mergulha nas contradições humanas diante do caos, transitando entre riso e desespero em um universo onde a tempestade externa se confunde com a tempestade interna. Inspirada pelo movimento do absurdo, a montagem convida o público a refletir sobre a delicada linha entre fragilidade e resistência.

No centro da narrativa está a Mulher, interpretada por Babi Ferreira, que carrega o peso de suas angústias cotidianas, mas também a potência de resistir. Ao seu redor, a cena se expande: Carlos Canarin assume o papel do Narrador — que observa, comenta e participa da trama — enquanto Walkíria Présa dá vida à Cabeça e a outros personagens que surgem como lampejos de memória e delírio.

A dramaturgia e direção de Rafaella Costa propõem um entrelaçamento de texto, gesto e som. A peça aborda a neurodiversidade e as deficiências invisíveis não de forma didática, mas como expressão artística de um processo de autoconhecimento. A diretora-autora compartilha experiências e reflexões de sua vivência como mulher neuroatípica, criando conexões com o público por meio da comicidade e de personagens carismáticos.

A trilha sonora original, composta e dirigida por Leo Gerlach, é executada ao vivo por uma banda em cena e se torna parte essencial da dramaturgia. O som não apenas acompanha, mas provoca, tensiona e molda o ritmo da narrativa, em constante diálogo com a palavra. Essa parceria entre direção cênica e musical nasceu na universidade e se consolida em Quinquilharias.

O espetáculo é resultado do encontro de uma geração de jovens artistas formados pela UNESPAR-FAP, que afirmam sua linguagem própria no teatro contemporâneo curitibano.

Nada em Quinquilharias é linear. As situações se acumulam como pequenos objetos guardados na memória — frágeis, inúteis e valiosos —, de onde emergem o riso, o desespero e a beleza que resiste à ruína.

Após estrear em 2024 como leitura dramática no Teatro Cleon Jacques, a peça retorna agora em temporada de 18 a 21 de setembro, no Espaço Excêntrico (Curitiba). Em outubro, segue para a programação do Festival de Pinhais.

Ficha Técnica: Dramaturgia e Direção Cênica: Rafaella Costa; Elenco: Babi Ferreira, Carlos Canarin, Walkíria Présa; Direção Musical: Leo Gerlach; Músicos: Edinho Hora, Leo Gerlach, Rodrigo Lihmor; Cenografia: Alisson Lopess; Figurino: Kao Maria e Iluminação: Kristy Bostelmann

Serviço:

Quinquilharias

Onde: Espaço Excêntrico – Rua Lamenha Lins, 1429

Quando: 18 a 21 de setembro

Horário: 18 e 19 às 20h00 e 20 e 21 com sessão dupla às 18h00 e às 20h00.

Entrada Franca

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