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CineConcertos traz para Curitiba filmes silenciosos com música executada ao vivo

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A mostra tem entrada gratuita e será realizada de 20 a 25 de fevereiro, incluindo 6 sessões de filmes e três debates. 

A Mostra CineConcertos, vai oferecer uma experiência inesquecível, aos amantes do cinema. A Caixa Cultural Curitiba recebe de 20 a 25 de fevereiro, filmes clássicos silenciosos que serão exibidos com trilhas sonoras improvisadas ao vivo, pelos músicos  Antonio “Panda” Gianfratti, Carlos Ferreira, Diego Poloni, Juarez Neto Sexteto, Lilian Nakahodo, Bi Bruel, Daniel Dalessa, Duda Comunello e Igor Loureiro.

A iniciativa é do cineasta, crítico de cinema e jornalista Aristeu Araújo, que também assina a curadoria cinematográfica da mostra. A curadoria musical é do desenhista de som e compositor de trilhas para cinema Luiz Lepchak.

Na programação estará o clássico brasileiro, “Limite” de Mario Peixoto, a obra completa em 2024, 93 anos de história. “O intuito de reunir filmes tão distintos uns dos outros é mostrar ao público o quão rico e plural é o cinema silencioso. Era uma época de muita exploração da linguagem cinematográfica que abriu novos horizontes estéticos do cinema e influenciou o mundo. “Limite”, por exemplo, a produção brasileira que integra a Mostra, é considerado por muitos estudiosos e cineastas o melhor filme realizado no país, entretanto poucos o conhecem”, conta Aristeu.

Além dos cinco longas-metragens, a mostra terá uma sessão com 13 curtas metragens, todos filmes clássicos do cinema mundial que serão musicados por três grupos de diferentes músicos. As sessões vão acontecer sempre às 19h00, com entrada gratuita. A retirada dos ingressos pode ser feita uma hora antes de cada exibição. A produção convida o público a levar alimentos não perecíveis, que serão doados a população carente.

Três das seis sessões serão seguidas por debates, uma delas, no dia 24, contará com audiodescrição e intérprete de libras. Em todas as sessões serão disponibilizados protetores auriculares para público com transtorno do espectro autista (TEA).

Ver filmes “mudos”, como popularmente os filmes ficaram conhecidos na época, com música ao vivo é uma experiência única e algo muito raro, com certeza o público irá se emocionar. “Na verdade, ‘o cinema nunca foi mudo’, aliás este é o slogan da Mostra, desde o início os filmes eram acompanhados de som, mesmo nas salas mais simples sempre tinha um pianista. Os filmes podiam ser acompanhados por orquestras, narradores que explicavam o que estava acontecendo, atores atrás das telas fazendo vozes ou gramofones tocando. A ideia é proporcionar uma atualização dessa experiência que acontecia 100 anos atrás”, explica o curador.

        Criar a trilha para os filmes é o maior desafio do projeto, a proposta da curadoria musical foi reunir grupos e músicos com trabalhos diferentes entre si para proporcionar ao público diferentes sonoridades para cada filme. O trabalho é de improviso, ou seja, as trilhas para cada filme só vão acontecer uma única vez. Cada grupo de músicos irá musicar duas sessões. Os ensaios serão para conhecer os filmes, definir os instrumentos e determinar um acordo de improvisação.

“Vamos trabalhar com profissionais talentosos e experientes cujo objetivo será criar trilhas não convencionais explorando instrumentos e sons que não eram comuns na época que esses filmes foram produzidos. Será muito instigante acrescentar uma nova camada de sonoridade com texturas contemporâneas aos filmes clássicos”, destaca o curador musical.

Os músicos convidados são: Antonio “Panda” Gianfratti (do Grupo Abaetetuba); Carlos Ferreira e Diego Poloni (música experimental, guitarra elétrica, sintetizadores e pedais de efeitos) e Juarez Neto Sexteto – grupo de jazz de Curitiba, criado especialmente para a Mostra, composto por: Lilian Nakahodo (pianista), Duda Comunello (guitarrista), Igor Loureiro (baixo elétrico), Gabi Bruel (percussionista) e Dani Dalessa (baterista).

Confira a programação:

20/02 (terça) – 19h (*com debate na sequência)

Curtas de Alice Guy / França (1898 a 1907)

Duração:48min

Direção: Alice Guy

Música ao vivo: Juarez Neto Sexteto

Classificação: Livre

Filmes cedidos pelo Institut Français de Cinema que serão exibidos: “Chez le magnétiseur”, “Chirurgie fin de siècle”, “Avenue de l’opéra”, “Chapellerie et charcuterie mécaniques”, “Chez le photographe”, “Questions indiscrètes”, “Madame a des envies”, “Les Résultats du féminisme”, “Le Lit à roulette”, “La Course à la saucisse”, “Alice Guy tourne une phonoscène?”, “Sur la barricade” e “Le Billet de banque”.

Embora tenha sido apagada da história, Alice Guy foi a primeira a fazer ficção no cinema.

21/02 (quarta) – 19h

Nanook, O Esquimó / França, EUA (1922)

Duração:78min

Direção: Robert J. Flaherty

Música ao vivo: Juarez Neto Sexteto

Classificação: 12 anos

O filme é considerado o primeiro documentário formal da história do cinema. Documenta um ano da vida do esquimó Nanook e de sua família, que vivem em Hudson Bay, no Canadá. Retrata a caça (a animais como o leão marinho), a pesca e as migrações de um grupo que está totalmente à parte da industrialização da década de 20. Registra o cotidiano de uma família que realiza as atividades do dia-a-dia com foco basicamente em uma única questão: ter o que comer.

22/02 (quinta) – 19h (*com debate na sequência)

Nosferatu / Alemanha (1922)

Duração: 94min

Direção: F.W. Murnau

Música ao vivo: Antonio Gianfratti

Classificação: 12 anos

Um clássico do cinema Expressionista alemão. Hutter, agente imobiliário, viaja até os Montes Cárpatos para vender um castelo no Mar Báltico cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock, que na verdade é um milenar vampiro que, buscando poder, se muda para Bremen, Alemanha, espalhando o terror na região. Curiosamente quem pode reverter esta situação é Ellen, a esposa de Hutter, pois Orlock está atraído por ela.

23/02 (sexta) – 19h

São Paulo, Sinfonia da Metrópole / Brasil (1929)

Duração: 90min

Direção: Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny

Música ao vivo: Antonio Gianfratti

Classificação: 10 anos

A cidade de São Paulo no final da década de 20. Urbanismo, moda, monumentos públicos, industrialização, fatos históricos, expansão do café, educação e o burburinho do cotidiano. Baseados no clássico Berlim – Sinfonia da Cidade (1927), os húngaros Adalberto Kemeny e Rodolfo Lustig, donos de um dos melhores laboratórios de cinema da época, produziram este documentário.

24/02 (sábado) – 19h

(*sessão com audiodescrição e debate na sequência com intérprete de libras)

Pour Don Carlos / França (1921)

Duração: 90min

Direção: Musidora e Jacques Lasseyne

Música ao vivo: Carlos Ferreira e Diego Poloni

Classificação: 12 anos

Baseado no livro de Pierre Benoît, o filme retrata a guerra civil entre o governo republicano local e os Carlistas, apoiadores do pretendente ao trono da Espanha, no final do século XIX. Um jovem subprefeito cai em uma armadilha elaborada pela musa da insurreição Carlista antes de se juntar à causa.

25/02 (domingo) – 19h

Limite / Brasil (1931)

Duração: 120min

Direção: Mário Peixoto

Música ao vivo: Carlos Ferreira e Diego Poloni

Classificação: 12 anos

Único filme de Mário Peixoto. Em um pequeno barco à deriva, duas mulheres e um homem relembram seu passado recente. Uma das mulheres escapou da prisão; a outra estava desesperada; e o homem tinha perdido sua amante. Cansados, eles param de remar e se conformam com a morte, relembrando (através de flashbacks) as situações de seu passado. Eles não têm mais força ou desejo de viver e atingiram o limite de suas existências.

 Serviço

O que: Mostra CineConcertos – O cinema nunca foi mudo

Quando: de 20 a 25 de fevereiro (terça a domingo), sempre às 19h.

Onde: CAIXA Cultural Curitiba (Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro)

Capacidade máxima: 123 lugares + 02 espaços para cadeirantes

Ingresso: Gratuito

Contribua levando 1kg de alimento

Retirada de ingressos uma hora antes de cada sessão, na  bilheteria do teatro.

Verifique a classificação indicativa de cada filme.

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