Interaja conosco

Teatro

Travestis, memória e resistência: “No fim do beco” revisita Antígona em uma potente releitura contemporânea

Espetáculo propõe um diálogo entre a tragédia grega e as violências simbólicas que atravessam corpos travestis na sociedade atual.

Publicado

em

O espetáculo No fim do beco estreia em Curitiba com uma potente releitura da tragédia grega Antígona, de Sófocles. A montagem atualiza o clássico para a contemporaneidade, levantando uma pauta urgente e necessária: os direitos póstumos de travestis, muitas vezes veladas como indigentes ou negadas por suas famílias, que se recusam a reconhecer suas identidades.

A obra atravessa o passado, o presente e o futuro, entre becos e memórias, costurando histórias de três travestis em cena, Columbina Gasparelo (Antônia), Andrê Augusta (Poliana) e Majo Farias (Beco), que se misturam e se borram com os ecos da tragédia grega.

“Querem te matar duas vezes”, grita Antônia.
“Já me mataram tantas mais que duas”, responde Poliana.

Entre o ritual e o confronto, o espetáculo reflete sobre a violência simbólica e estrutural que apaga vidas travestis mesmo após a morte e sobre o gesto de resistência que é reivindicar o nome, o corpo e a história.

A dramaturgia e concepção são assinadas por @travadafronteira, com produção da @aye_producoes_artisticas_ e @nosproducoesartisticas, e trilha sonora original de @musikluber e @rhoden____.

Serviço

Teatro Universitário de Curitiba (TUC)
Rua Lrg. Cel. Enéas, 40 – Curitiba
5, 6, 7 e 8 de novembro – sessões às 16h e 20h
12, 13, 14 e 15 de novembro – sessões às 16h e 20h

Teatro Cleon Jacques
Rua Mateus Leme, 4777 – Curitiba
18 e 19 de novembro – sessões às 16h e 20h

Seja nosso parceiro2

Megaidea