Cultura
SATED-PR se posiciona sobre o “Natal da Disney” em Curitiba e defende mais investimentos no fomento cultural
O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Paraná (SATED-PR) divulgou uma nota oficial comentando a realização do espetáculo “Disney Celebra: Um Natal Inesquecível” em Curitiba e propondo reflexões sobre a política cultural da cidade, especialmente no período natalino

De acordo com o sindicato, é positivo que a contratação de artistas para os eventos tradicionais de Natal da Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC) e da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) não será reduzida, ao contrário, deve haver aumento, conforme compromissos assumidos pelo prefeito Eduardo Pimentel. Outro ponto considerado assertivo é a realização de um evento gratuito na Praça Santos Andrade, de porte similar ao do Parque Barigui, medida que amplia o acesso e considera questões de mobilidade.
No entanto, a entidade aponta questões que merecem atenção:
-
Contratação de profissionais locais: o SATED-PR defende que, caso haja investimento público significativo no “Natal da Disney”, parte desse apoio esteja condicionada à priorização de artistas e técnicos da cidade, ressaltando a qualidade e experiência dos profissionais curitibanos.
-
Transparência: o sindicato apoia o pedido de informações feito pela vereadora Camila Gonda sobre valores investidos pela prefeitura, fontes orçamentárias e contrapartidas da empresa responsável pelo espetáculo.
-
Condições de trabalho: uma fiscalização foi realizada durante os testes de elenco, com entrega de notificação e orientações à produção, que demonstrou abertura para atender as exigências legais.
-
Diversidade artística: o sindicato sugere que os eventos natalinos incluam maior pluralidade estética e de direção, ampliando o impacto social e cultural, além do econômico.
O SATED-PR aproveita o momento para reforçar uma pauta antiga: o aumento gradual dos recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, visando atingir 3% do orçamento municipal até o fim da gestão atual. Para 2026, a proposta é elevar o índice de 0,52% para 1,25%, estimulando a produção independente e gerando mais empregos para o setor.
A nota conclui defendendo que a FCC priorize seu papel como articuladora e fomentadora da produção artístico-cultural diversa da cidade, e não como produtora de grandes eventos. O sindicato convida trabalhadoras e trabalhadores da cultura a se unirem na mobilização pela ampliação dos recursos de fomento.
Leia a nota completa, clique aqui