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Quatro cordas, quatro mestres: as maiores influências curitibanas de André Becker

André Saldanha Becker, dos Extromodos, escolhe quatro baixistas curitibanos que o influenciaram (e ainda o fazem) e conta um pouco de cada um.

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Por Maria Eduarda Schwab

Era de se esperar que o tributo aos Extromodos, que rola nesta sexta-feira (15) no The Bowie ao lado dos Lenhadores da Antártida, tocasse em cheio os corações de quem curtiu o rock and roll de Curitiba do começo dos anos 2000. A expectativa, entretanto, vai além de mero saudosismo. Se não, como explicar que uma geração mais jovem, que sequer assistiu a um show da banda, esteja tão ansiosa quanto seus pais?

Não será o retorno mais difícil da história de Becker, longe disso: o baixista já teve de se reinventar e desenvolver uma maneira própria de tocar a vida. Esse caminho trilhado à sua maneira fez com que, hoje, ele voltasse à cena da cidade como convidado de várias bandas, conciliando o trabalho de músico com o de psicólogo. O baixista dos Extromodos se tornou uma referência que influenciou tantos outros. Mas quem influencia as referências?

Com a palavra, ele mesmo: André Saldanha Becker, dos Extromodos, escolhe quatro baixistas curitibanos que o influenciaram (e ainda o fazem) e conta um pouco de cada um.

Quantos você conhece da lista?

 

André Nisgoski – Macumbazilla, King Nothing, Prankish, entre outras

Sim, ele era (ou é?) baixista, mas hoje você pode encontrá-lo nos bares da cidade sendo um guitarrista fenomenal e cantando com aquela voz que fica mais potente a cada centímetro que a barba cresce. Ele foi o primeiro baixista realmente bom que vi tocar de perto e tive minhas primeiras aulas de slap com ele. Apesar de termos estilos diferentes, ele marcou muito o meu início.

Rodrigo Panzone – Syd Vinicius

Esse será eternamente um mestre pra mim. O baixo é um instrumento que pode ocupar um papel rítmico, melódico e harmônico, e é impressionante o que o Rodrigo faz nesses três pilares da música – e com uma suavidade e elegância que são únicas dele. Dentro da banda, ele mistura e conecta ao mesmo tempo a segurança e precisão das batidas do Vander, a psicodelia das guitarras do Neto e toda a poesia trazida pelo Adriano. É fantástico!

Beto Katz – Black Maria

As linhas do Beto são sempre certeiras, parece que ele tem acesso a uma dimensão diferente, a um mundo das ideias de linhas de baixo, de onde ele tira sempre a linha perfeita para aquela música e, principalmente, a mais divertida de tocar.

Ricardo Bastos – Ex-Relespública

Vê-lo tocar era sempre surpreendente. Ele, no palco, tinha aquele jeito sério e solene, mas, de repente, suas mãos se transformavam em dois pequenos e divertidos filhotes de polvos com todos aqueles tentáculos passeando e brincando com as cordas. Incansáveis! Uma aula. É uma pena que tenha saído da Reles, mas fico feliz que tenha sido o Raphael (Dissonantes) a entrar na banda, que é outro baixista excelente.

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